Volume Plasmático e Exercício

quinta-feira, 7 de maio de 2009

As bebidas nutrientes, comumente utilizadas por praticantes de atividades físicas, são ingeridas antes, durante e depois do exercício na tentativa de melhorar as alterações induzidas pelo esporte, que possam afetar a homeostase e assim diminuir o desempenho.

Durante o exercício, o volume plasmático diminui como conseqüência da transpiração e da passagem de água do compartimento vascular para o espaço intersticial. O decréscimo no volume plasmático tem sido estimado em aproximadamente 2,4% para cada 15 de perda de peso corporal, ocorrendo através da desidratação aguda. A hipohidratação resulta no decréscimo no débito cardíaco e no fluxo sanguíneo para braços e pernas, com conseqüente diminuição da capacidade aeróbica máxima.

A hipohidratação também aumenta o risco de distúrbio termorregulatório. A perda de 5% da água do corpo pode conduzir a uma exaustão de calor; a perda de 7% pode conduzir a alucinações; a perda de 10% pode ocasionar acidente vascular cerebral e óbito. Essas complicações ocorrem na maioria das vezes em indivíduos com excesso de peso, com má condição física e entre aqueles que não estão aclimatizados para exercícios em ambientes mornos e quentes.

Associado às alterações no volume de fluido no compartimento vascular, o exercício também pode acarretar alterações na composição eletrolítica do sangue. Os eletrólitos excretados no suor são: potássio, cromo, zinco, cobre, magnésio, ferro e fósforo. O magnésio músculo-esquelético diminui com a hipohidratação, enquanto que o potássio muscular aumenta discretamente com a hipohidratação e com exercícios de ultra-resistência, mas diminui Celsius com o exercício moderado e máximo de curta duração.

As alterações relativas nas concentrações eletrolíticas de cálcio na membrana das células musculares são implicadas na fadiga muscular local.
O exercício moderado contínuo por mais de 90 minutos sem a reposição energética adequada pode acarretar insuficiência na produção de glicose hepática para manter a captação da glicose muscular, resultando na diminuição dos níveis de glicose sanguínea.

A diminuição de carboidratos hepático e muscular é um fator significativo no desenvolvimento de fadiga durante os exercícios de resistência. A ingestão de bebidas antes do exercício apresenta 2 objetivos: assegurar um volume plasmático adequado no início do exercício e para otimizar as concentrações de glicose sanguínea através do fornecimento de carboidratos. As bebidas devem então, serem ingeridas entre 30 - 45 minutos antes da atividade física. O benefício da ingestão pós-exercício de bebidas nutrientes ocorre se estas bebidas melhorarem a recuperação do volume plasmático, eletrólitos e/ou depósitos de glicogênio após o stress físico.

A vantagem de uma recuperação rápida pode ser observada em atletas competindo em torneios por um período de um ou poucos dias.

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