Em 1968, a caça aos grupos contrários ao Regime chega ao seu ponto máximo, principalmente, a partir de 1969 com o governo de Garrastazu Médici. As delegacias do DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) espalhadas pelo país tornaram-se centros de torturas e assassinatos. Os métodos de tortura eram mais ousados e cruéis do que os utilizados por Vargas no Estado Novo (1937-1945).
Muitas pessoas morreram durante as sessões de tortura, mas era comum constar suicídio nas certidões de óbitos desses prisioneiros. Além disso, mais de 140 pessoas simplesmente desapareceram.
A repressão militar teve seu auge entre os anos de 1968, com o AI-5, e 1975, com o assassinato do jornalista Waldimir Herzog, no DOPS em São Paulo. Segundo a polícia, o jornalista havai se enforcado, mas a foto entregue à imprensa deixava claro a impossibilidade de tal ato, dada as condições do local onde se encontrava.
A reação contra o assassinato foi muito forte, inclusive o próprio governo achou a morte do jornalista descabível, destituindo até o comandante do II Exército (responsável pela região de São Paulo).
No início da década de 70, outro órgão surge com a função de combater a oposição: a OBAN (Organização Bandeirantes) que recebeu doações de inúmeras empresas, inclusive multinacionais.
A censura também ficou mais rígida: jornais, novelas, programas, revistas, discos, filmes, teatro, tudo passava pelo órgão censurador. No entanto, é justamente nesse momento que a música e os compositores tornam-se brilhantes, pois utilizam recursos de linguagem para passarem pela censura. Gota dÁgua (que virou peça de tatro) de Chico Buarque e Águas de Março de Tom Jobim são alguns exemplos. Todavia, o regime militar só vai ceder a partir de 1978.
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