A teoria de geração espontânea surgiu de um erro de interpretação de fatos que até hoje se observa.
Um fato que pode sair moscas da carne em decomposição. Pois a interpretação precipitada desse fato levou os cientistas de antigamente a afirmar que a carne podre se transformava em moscas.
Em frutos também é normal observarmos o surgimento de bichos. Acreditavam também ser transformações de frutos em bichos.
No lodo deixado nas margens dos rios quando voltavam ao seu leito normal, após enchentes, surgiam sapos, cobras e demais animais, o lodo se transformaria em animais diversos...
Isso tudo era afirmado seriamente por pessoas muito importantes da época. Atualmente é ridículo, mas a verdade não se dispunha dos meios de observação sofisticados que possuímos hoje em dia. Atualmente nega-se o geração espontânea.
Os experimentos feitos por Francesco Redi (http://www.pediaonline.com.br/2011/05/francesco-redi-1626-1691.html) em 1660 aproximadamente foram as primeiras provas contra a abiogênese.
Redi colocou pedaços de carne em dois frascos, um deles aberto e outro tampado com gaze. Depois de alguns dias, constatou que a presença de ovos, larvas e moscas na carne do frasco aberto, mas não no frasco fechado. Observou também que haviam ovos e larvas apenas na gaze que fechava o outro frasco, e não na carne.
Se as moscas fossem formadas pelas carne, deveriam formar-se em todos os frascos. Como não aconteceu, Redi provou que moscas não se desenvolvem da carne, mas do ambiente.
A explicação dada para o aparecimento das moscas é válida para os bichos das frutas também, outros animais, insetos, botam seus ovos nos frutos e encontramos suas larvas.
O solo lodoso e úmido é um lugar excelente para desenvolver a vida dos sapos, por exemplo. Mesmo com o trabalho desenvolvido por Redi por algum tempo ainda acreditava-se veemente na geração espontânea.
A descoberta do microscópio revelou o mundo dos pequenos seres, micro organismos, animando adeptos das teoria da geração espontânea e da biogênese, que sempre buscavam explicação para a origem dos seres vivos.
Por volta do ano de 1745, o cientista inglês John T. Needhman (http://www.pediaonline.com.br/2011/05/john-turberville-needham-1713-1781.html) mostrou após vários experimentos que em recipientes contendo vários tipos de infusões e submetidos a fervura, mantidos fechados ou não, apareciam microorganismos. Needhman afirmou que isso ocorria devido à presença nas partículas orgânicas de infusão, uma força vital especial, responsável pelo aparecimento das formas vivas microscópicas, contribuiu assim para a teoria da geração espontânea.
Em 1770, o cientista Abbey Lazzaro Spallanzani (http://www.pediaonline.com.br/2011/05/abbey-lazzaro-spallanzani.html) de origem italiana, criticou os experimentos de Needham. Spallanzani realizou experimentos provando que o aquecimento prolongado de substâncias orgânicas acondicionadas em recipientes fechados providos de válvula de espace não propiciava o desenvolvimento de microorganismos. Needham, ao ferver substâncias em recipientes assim fechados, respondeu às críticas afirmando que destruía daquela a maneira a força vital tornando o ambiente desfavorável para o surgimento da vida.
Spallanzani mostrou em novos experimentos que o aparecimento da vida quando nos recipientes fechados e submetidos à fervura eram abertos, entrando em contato com o ar, provando que a força vital não fora destruída. Porém Spallanzani não conseguiu provar que o aquecimento de material orgânico em recipientes fechados não alterava a qualidade do ar. Nessa polêmica Needham saiu favorecido, reforçando mais a teoria da geração espontânea.
*Quer praticar? Acesse o link de exercícios relacionados ao tema:
http://www.pediaonline.com.br/2011/05/exercicios-de-biologia-4.html
Assinar:
Postar comentários (Atom)











0 comments
Postar um comentário