"Durante os séculos XV e XVI, as culturas grega e latina passaram do serviço de Deus ao serviço do Homem."
Há alguns anos, o Núcleo de Pesquisa em Tradução Literária (Niplitt) da Univerdade Federal de Santa Catarina publicava o primeiro volume da sua coleção de clássicos de Teoria da Tradução. Foram publicados três volumes bilíngues; o primeiro, português-alemão; o segundo, português-francês; e o terceiro, português-italiano. O quarto acabou de sair, e, desta vez, está inteiramente dedicado ao Renascimento.
O organizador do volume, e o Professor Mauri Furlan, introduz a antologia apresentando e contextualizando as fontes primárias que refletiam, nos séculos 15 e 16, sobre a organização tradutória. É possível, segundo ele, estabelecer as características da tradução renascentista e compor uma teoria do Renascimento. De fato, os textos deste volume, e dos precedentes, permitiram escrever uma história da teoria da tradução, à história das civilizações, para assim dizer, através da tradução.
A renovação artística e literária manifestou-se na Itália do século 15, depois da França, e expandiu-se por toda a Europa. Foi durante o século do humanismo que as culturas grega e latina passaram do serviço de Deus para o serviço do Homem. No final do século 15, a descoberta da impressão (Na Cidade de Mainz) favoreceu a aparição de uma nova classe de leitores que, embora com vontade de entrar em contato com a cultura antiga, não conheciam a língua hebraica, nem o grego, nem o latim.











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