Corrida e Gravidez

quinta-feira, 7 de maio de 2009

A gravidez causa modificações cardiovasculares, respiratórias, metabólicas, termorregulatórias, hormonais e biomecânicas que devem ser observadas na prescrição de exercício. Essas adaptações ocorrem para oferecer um bom ambiente para o crescimento e desenvolvimento fetal, atender às necessidades maternas e preparar a mãe para o parto.

Entre as principais alterações cardiovasculares está o aumento da freqüência cardíaca (tanto no repouso quanto no exercício) e a redistribuição do fluxo sanguíneo, que passa a se dirigir mais para o útero. O peso corporal aumenta rapidamente e o centro de gravidade muda, exigindo cuidados. À medida que a gravidez evolui, as modificações anatômicas são mais perceptíveis e os cuidados com o aparelho locomotor devem ser redobrados.

A corrida durante a gravidez ajuda a controlar o peso corporal, a melhorar a postura e manter a resistência aeróbia e disposição física. Porém, a prescrição deve adequar a intensidade, freqüência e volume de exercício para que seja segura e saudável tanto para a mãe quanto para o feto.

No caso da corrida, especificamente, aconselha-se que a prática ocorra somente nos primeiros meses de gestação, devido ao impacto oferecido por essa atividade. Até o quarto mês, ela pode ser feita sob acompanhamento, com intensidade e volume reduzidos (no máximo uma hora por dia, sem deixar a freqüência cardíaca subir demais). Depois disso, o ideal é buscar atividades como a natação e a bicicleta, em que não é preciso sustentar o peso do corpo.

Alguns cuidados que devem ser tomados em todas as atividades físicas realizadas na gravidez:

- Exercite-se nos horários mais frescos do dia;

- Evite exercícios de alta intensidade;

- Não fume ou use suplementos sem o conhecimento de seu médico;

- Alimente-se antes e após o exercício;

- Hidrate-se criteriosamente;

- Evite exercícios com riscos de acidente ou lesões;

- Procure orientação profissional.

O exercício deve ser imediatamente suspenso caso haja alguns desses sintomas:

- Inchaço das mãos, pés e face;

- Tontura;

- Dores de cabeça;

- Alterações visuais;

- Cólicas abdominais;

- Cansaço excessivo;

- Ganho de peso insuficiente para o período gestacional;

- Sangramento vaginal;

- Rompimento precoce da bolsa;

- Freqüência cardíaca e pressão arterial altas mesmo após o esforço.

Respeite seus limites e lembre-se: gravidez não é doença, mas um estado fisiológico particular e temporário. O mais importante é fazer uma avaliação da saúde materno-fetal e ter o acompanhamento clínico do obstetra durante todo esse período.

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